quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Historico do Geoprocessamento

As primeiras tentativas de automatizar parte do processamento de dados com características espaciais aconteceram na Inglaterra e nos Estados Unidos, nos anos 50, com o objetivo principal de reduzir os custos de produção e manutenção de mapas. Dada a precariedade da informática na época, e a especificidade das aplicações desenvolvidas (pesquisa em botânica, na Inglaterra, e estudos de volume de tráfego, nos Estados Unidos), estes sistemas ainda não podem ser classificados como “sistemas de informação”.
Os primeiros Sistemas de Informação Geográfica surgiram na década de 1960, no Canadá, como parte de um programa governamental para criar um inventário de recursos naturais. Estes sistemas, no entanto, eram muito difíceis de usar: não existiam monitores gráficos de alta resolução, os computadores necessários eram excessivamente caros, e a mão de obra tinha que ser altamente especializada e caríssima. Não existiam soluções comerciais prontas para uso, e cada interessado precisava desenvolver seus próprios programas, o que demandava muito tempo e, naturalmente, muito dinheiro.
Além disto, a capacidade de armazenamento e a velocidade de processamento eram muito baixas. Ao longo dos anos 70 foram desenvolvidos novos e mais acessíveis recursos de hardware, tornando viável o desenvolvimento de sistemas comerciais. Foi então que a expressão Geographic Information System foi criada. Foi também nesta época que começaram a surgir os primeiros sistemas comerciais de CAD (Computer Aided Design, ou projeto assistido por computador), que melhoraram em muito as condições para a produção de desenhos e plantas para engenharia, e serviram de base para os primeiros sistemas de cartografia automatizada. Também nos anos 70 foram desenvolvidos alguns fundamentos matemáticos voltados para a cartografia, incluindo questões de geometria computacional. No entanto, devido aos custos e ao fato destes proto-sistemas ainda utilizarem exclusivamente computadores de grande porte, apenas grandes organizações tinham acesso à tecnologia.
A década de 1980 representa o momento quando a tecnologia de sistemas de informação geográfica inicia um período de acelerado crescimento que dura até os dias de hoje. Até então limitados pelo alto custo do hardware e pela pouca quantidade de pesquisa específica sobre o tema, os GIS se beneficiaram grandemente da massificação causada pelos avanços da microinformática e do estabelecimento de centros de estudos sobre o assunto. Nos EUA, a criação dos centros de pesquisa que formam o NCGIA - National Centre for Geographical Information and Analysis (NCGIA, 1989) marca o estabelecimento do Geoprocessamento como disciplina científica independente.

O Termo Geoprocessamento


O termo geoprocessamento denota a disciplina do conhecimento que utiliza técnicas matemáticas e computacionais para o tratamento da informação geográfica e que vem influenciando de maneira crescente as áreas de Cartografia, Análise de Recursos Naturais, Transportes,Comunicações, Energia e Planejamento Urbano e Regional.As ferramentas computacionais para geoprocessamento, chamadas de Sistemas de Informação Geográfica GIS - sigla em Inglês para SIG -, permitem realizar análises complexas, ao integrar dados de diversas fontes e ao criar bancos de dados geo-referenciados. Tornam ainda possível automatizar a produção de documentos cartográficos.
Num país de grande dimensão como o Brasil, com uma grande carência de informações adequadas para a tomada de decisões sobre os problemas urbanos, rurais e ambientais, o Geoprocessamento apresenta um enorme potencial, principalmente se baseado em tecnologias de custo relativamente baixo, em que o conhecimento seja adquirido localmente.

Muitos pesquisadores e especialistas na área preferem o termo "Geoinformática", que é mais geral que o termo "Geoprocessamento", e corresponde a uma analogia ao termo "Bioinformática". A Sociedade Brasileira de Computação (SBC) prefere este termo. A SBC possui uma comissão especial de Geoinformática e organiza anualmente o Simpósio Brasileiro de Geoinformática (GeoInfo).

Mais facilmente falando são informações relacionados a recursos naturais,cartografias,transportes,comunicações,e outros;por meio da informática.

Geoprocessamento

O geoprocessamento é o processamento informatizado de dados georreferenciados. Utiliza programas de computador que permitem o uso de informações cartográficas (mapas, cartas topográficas e plantas) e informações a que se possa associar coordenadas desses mapas, cartas ou plantas. Pode ser utilizado para diversas aplicações.

Outra definição seria:

É um conjunto de conceitos, métodos e técnicas erigido em torno do processamento eletrônico de dados que opera sobre registros de ocorrência georreferenciados, analisando suas características e relações geotopológicas para produzir informação ambiental.

terça-feira, 27 de setembro de 2011

GeoMarketing a Bola da vez


GeoMarketing a Bola da vez

As empresas se deparam hoje com dois grandes desafios: aumentar as vendas e otimizar seus processos. Os gurus do planejamento estratégico e do relacionamento com o cliente sugerem que a criatividade e a inovação sejam as soluções para um mercado altamente competitivo, onde as mudanças de produtos e serviços acontecem de uma forma extremamente veloz. Seguindo seus ensinamentos, as áreas de marketing e planejamento estão começando a utilizar uma nova ferramenta tecnológica: o geomarketing ou marketing geográfico.

O geomarketing é hoje uma peça fundamental para a tomada de decisão. Com a utilização de um sistema baseado em mapas digitais, softwares GIS e bases de dados diversas, as informações são distribuídas graficamente, podendo-se, por exemplo, analisar as tendências de mercado, monitorar a concorrência, visualizar oportunidades e lançar campanhas de marketing. Imaginem o caso da área de marketing da FIAT, que tinha a missão (quase impossível) de analisar relatórios gerados pelo banco de dados da corporação com cerca de 28 milhões de veículos vendidos, 5561 municípios, 150 pontos de atendimento e 300 concessionárias. Com a implantação de um projeto de inteligência competitiva utilizando o geomarketing, as pilhas de relatórios foram substituídas por consultas via Web em tempo real. Isso significa o acesso a informações sempre atualizadas e a garantia de preservação dos dados gerados em sua forma nativa. O resultado não poderia ter sido melhor: aumento da eficiência e da rapidez das análises !

Essa tecnologia é uma verdadeira bola de cristal que, se não adivinha 100% o futuro, ao menos minimiza os erros e a subjetividade da decisão por parte dos usuários. Aliás, há tempos que o GIS deixou de ser uma ferramenta de uso exclusivo de especialistas em cartografia. Sua aplicabilidade, entre dezenas de opções, vai do tradicional sistema de auxílio à administração pública até o gerenciamento de redes de distribuição de empresas de utilities e telecom, estatísticas em tempo real para a área de segurança pública e planos de contingência para indústrias de petróleo. Até um sistema de rotas para visitantes de um cemitério dos Estados Unidos foi desenvolvido pela Intergraph no passado. Felizmente nenhum integrante da base de dados voltou para reclamar !

Brincadeiras à parte, no entanto é preciso que se tome alguns cuidados básicos para que um sistema GIS seja aplicado com sucesso e que possa gerar resultados. No caso específico do geomarketing, o primeiro passo é definir quais as variáveis críticas que influenciam o negócio. Não adianta possuir uma grande quantidade de informações mas sim saber quais os dados realmente importantes para a análise. Além disso, deve estar bem claro o conceito de área de influência, ou seja, quais são as atividades ou pólos geradores de tráfego em determinadas regiões. Assim, há uma grande diferença quando analisamos a área de influência de um pequeno comércio, como uma padaria, e a de uma concessionária de veículos, por exemplo. Enquanto o freguês da padaria provavelmente mora a algumas quadras do local, os compradores de automóveis da concessionária podem vir inclusive de outras cidades.

O grande problema é que uma decisão incorreta de localização promove uma série de erros em cascata no velho conceito do mix de marketing. Ou seja, os 4 P's - ponto, preço, produto e promoção - estão profundamente relacionados e dependem um do outro. Se uma empresa é aberta no lugar errado (leia-se ponto errado), todos os outros itens (preço, produto e promoção) também terão que ser revistos.

O geomarketing não é simplesmente um novo modismo como os inúmeros emaranhados de siglas que surgem a cada dia como o CRM (Customer Relationship Management), RTE (Real Time Enterprise), BAM (Business Activity Monitoring) e DCM (Demand Chain Management). É um novo conceito para auxílio no processo de tomada de decisão que veio para ficar. Cabe aos departamentos de marketing, amparados pelas áreas de TI, entender as diferenças entre as ferramentas e escolher as mais eficientes para atender os desafios a serem enfrentados, levando em consideração fatores importantes como relação custo-benefício, retorno sobre o investimento, facilidade de uso, escalabilidade e integração com os sistemas existentes. Afinal, a melhor parceria tecnológica é aquela de longo prazo e seu sucesso só é possível com soluções que gerem resultados e respeitem os investimentos já realizados.



Fernando Schmiegelow é engenheiro de produção formado pela FEI, com especialização em administração de marketing pela FAAP. Possui experiência de 13 anos nas áreas de marketing, vendas e planejamento estratégico em empresas líderes de seus segmentos como General Electric, Shell e MWM. Há 6 anos atua na Sisgraph/Intergraph Latin America onde ocupa o cargo de gerente de marketing.

O que é , e como se faz Geomarketing


O que é e como se faz Geomarketing

Especialistas explicam a importância do conceito para o lançamento de produtos, serviços e pontos-de-venda. Pão de Açúcar é caso de sucesso

Fazer um trabalho de segmentação de mercado pode parecer princípio fundamental para o lançamento de um produto, serviço ou ponto-de-venda. Mas, apesar da importância de um estudo aprofundado a respeito de cada região, ainda são poucas as empresas que utilizam o conceito de Geomarketing no  Brasil. Um exemplo da boa aplicação do estudo de gestão de conhecimento de mercado vem do Grupo Pão de Açúcar. A empresa utiliza bandeiras diferentes para atuar de acordo com cada região em que está presente.

Atualmente, o varejo é um dos principais segmentos a empregar o conceito em suas estratégias. Setores que também se destacam são os de telecomunicações, financeiro, imobiliário e turismo. Mas, de forma geral, todos podem se beneficiar do Geomarketing, também conhecido como Georeferenciamento. Empresas de consumo massivo como Nestlé e Coca-Cola encontram no conceito uma forma de saber em que varejo se associar e onde o produto tem maior penetração. O estudo pode ser aplicado na produção, na estratégia de relacionamento, na abertura de lojas, na parceria com grandes marcas e até como forma de medir o retorno das ações de Marketing.

No caso do Pão de Açúcar, o Grupo é direcionado para o consumidor que busca qualidade, atendimento diferenciado, além de soluções eficientes e inovadoras. Por outro lado, a bandeira Compre Bem/Sendas identifica-se com a mulher batalhadora, de orçamento restrito, que gerencia o lar. Já o Hipermercado Extra oferece variedade a preços competitivos, enquanto o Extra-Eletro é especializado em eletroeletrônicos, móveis e itens de bazar. O Extra-Fácil e o Extra-Perto são supermercados de fácil acesso para atender bairros específicos e o Assai foca tanto varejistas, quanto atacadistas, o famoso atacarejo.

O conceito é uma forma de segmentar geograficamente, encontrando perfis específicos de consumidores em determinadas regiões com diferenças comportamentais, culturais, sócio-econômicas, religiosas, entre outras. “O Geomarketing é a divisão geográfica das estratégias de Marketing. É segmentar e desdobrar relacionamento, preço, produto e promoção a partir de reconhecimento geográfico para saber qual é a melhor região onde atuar”, explica Martin Gutierrez, Diretor Geral da Intrabase, em entrevista ao Mundo do Marketing.
Sueli Daffra, da SD&W

É necessário contextualizar para que haja diferenciação
Para Sueli Daffre (foto), sócia-diretora e fundadora da SD&W, empresa que atua no desenvolvimento de modelos estatísticos, o Geomarketing é essencial para que a companhia enxergue o seu público-alvo. “É necessário contextualizar os consumidores para se diferenciar no mercado. Saber onde eles estão, qual a taxa de desenvolvimento urbano da cidade, quais são suas necessidades”, aponta a especialista.

Além de aprofundar o conhecimento a respeito dos clientes, o Geomarketing também é uma poderosa ferramenta para o reconhecimento de prospects. “O histórico contém informações de um cliente que já está na carteira da empresa. O estudo de segmentação permite também que sejam encontrados futuros consumidores”, diz Gabriel Capra, Diretor Operacional da Intrabase, em entrevista ao site.

Para aplicar o conceito é necessário unir informações à divisão geográfica. “O grande diferencial é relacionar as informações públicas com o mapeamento”, conta Capra. No Brasil, o processo torna-se mais fácil a partir do momento em que o país é bem dividido geograficamente em estado, município, bairro, rua e CEP. Diferente do que acontece em Angola, por exemplo, país em que a Intrabase realiza um projeto para a rede de supermercados do Governo, Nosso Super.

Bom mapeamento e informações para segmentar
Lá, a agência utiliza o ponto-de-venda para segmentar. “Aplicar Geomarketing em Angola é criar informações a partir de lojas, pesquisas, comportamento de compra e preço, pois o país tem poucas regiões definidas geograficamente, como ruas e números”, informa Gutierrez, da Intrabase.

Por isso, os especialistas destacam o potencial do Brasil para a aplicação do Geomarketing. Para Gabriel Capra, a qualidade e o volume das informações são importantes para tomar decisões mais precisas, assim como os mapas e as informações de pesquisas de comportamento, orçamento familiar, censo de domicílios e grupo de CEPs. A partir daí, é possível estabelecer microregiões e determinar sua capacidade de consumo.

As pesquisas realizadas pela Intrabase somadas às informações públicas e ao mapeamento deram origem a 10 segmentos que vão desde “elite” até “sobreviventes”, cada um com uma característica de compra e comportamento diferenciada. Na SD&W, os estudos resultaram em 13 segmentos de municípios: São Paulo, Rio de Janeiro, Metrópoles Desenvolvidas, Centros Urbanos, Pólos Industriais, Núcleos Regionais, Pólos Turísticos, Movimento Iminente, Pólos de Agroindústria, Rural Desenvolvido, Núcleos Agropecuários, Em Busca de Oportunidades e Carente de Recursos.

Rio de Janeiro e São Paulo influenciam a vida urbana brasileira
O estudo de segmentação reúne 2.500 informações de cada um dos 5.564 municípios brasileiros. Entre elas estão dados como Produto Interno Bruto (PIB), número de habitantes, indicadores de consumo, frota de veículos, composição domiciliar, padrão de vida, poder aquisitivo, estrutura urbana, atividades industriais e agropecuárias, estrutura de turismo e patrimônio.

São Paulo e Rio de Janeiro possuem características tão diferentes em relação aos outros municípios que são entendidos separadamente. A vida urbana brasileira é impactada pelo que ocorre nestas duas cidades. Já as metrópoles desenvolvidas são em sua maioria capitais de maior expressão em termos de produção e consumo, em forte crescimento e com boa infra-estrutura, mas que possuem os desequilíbrios decorrentes da modernidade, como congestionamento, verticalização, degradação ambiental, favelização, violência urbana e distritalização.

Os centros urbanos são cidades com razoável desenvolvimento autônomo e características de evolução e dinamismo urbano. São metrópoles médias, com todos os problemas da modernidade, onde prevalece o setor de serviços suprindo as suas necessidades e as da região sobre a qual exerce influência. Os pólos industriais são regiões que tiveram seu desenvolvimento concentrado em uma ou duas indústrias de grande porte, enquanto os núcleos regionais são cidades com forte atividade nas áreas de serviços, comércio e intermediação financeira, mas que tiveram seu crescimento calcado na exploração de atividades agropecuárias.

Agricultura e industrialização lado a lado
Os pólos turísticos são um segmento alto explicativo, por outro lado, as cidades que participam do grupo chamado de “movimento iminente” têm uma satisfatória infra-estrutura urbana, que tiveram o início de seu desenvolvimento na produção agropecuária e passaram por profunda transformação local, com o processo de industrialização.

Os pólos de agroindústria são municípios que crescem a altas taxas devido ao aprimoramento da agricultura e do fenômeno da industrialização dos produtos agropecuários. O rural desenvolvido são cidades que vivem de culturas agrícolas com métodos modernos e altamente mecanizados, onde o crescimento é planejado. A população desfruta de bom padrão de vida e infra-estrutura de consumo, sem a necessidade de se aproximar da imagem dos grandes centros metropolitanos.

Os núcleos agropecuários são municípios menores com missão mais rural, onde convivem desde a pequena lavoura até a atividade agropecuária mais estruturada. As cidades denominadas “em busca de oportunidades” formam a parte rural do Brasil, fortemente concentrada em pequenos municípios do Centro-Oeste. As áreas carentes de recursos são cidades onde se encontra o Brasil mais pobre e atrasado. São bolsões de pobreza dependentes de benefícios de assistência social.

Encontrando mercados que tenham afinidade com o produto
Entender cada segmentação serve como ponto de partida para o lançamento e desenvolvimento de produtos. “Quase tudo aplica o Geomarketing. Não adianta comprar uma base de mercado que não tem informações. Antes de qualquer coisa é necessário segmentar geograficamente a base encontrando prospects de acordo com perfis sócio-comportamentais que tenham mais a ver com o produto”, avalia Gabriel Capra, da Intrabase.

Descobrir qual região é mais adequada para o “teste” de determinado produto, serviço ou ponto-de-venda varia de acordo com o objetivo de cada empresa. Ao contrário do que muitos pensam, não é possível estabelecer uma cidade-teste. Apesar de municípios como Cutiriba, por exemplo, serem associados a testes é necessário selecionar cidades que tenham a ver com a estratégia.

Os mais indicados são lugares que consumam e representem o máximo possível o público-alvo que a companhia deseja atingir. “É importante encontrar um mercado a partir de dados que destaquem o potencial de cada região para o produto”, pondera Sueli Daffra, da SD&W. A função do Geomarketing é descobrir cidades que sejam representativas para o negócio.

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Agentes Modeladores do Relevo


Agentes Modeladores do Relevo


Tectonismo

O tectonismo, também conhecido por diastrofismo, consiste em movimentos decorrentes de pressões vindas do interior da Terra, agindo na crosta terrestre. Quando as pressões são verticais, os blocos continentais sofrem levantamentos, abaixamentos ou sofrem fraturas ou falhas. Quando as pressões são horizontais, são formados dobramentos ou enrugamentos que dão origem às montanhas. As conseqüências do tectonismo podem ser várias, como por exemplo a formação de bacias oceânicas, continentes, platôs e cadeias de montanhas.

Vulcanismo

É a ação dos vulcões. Chamamos de vulcanismo o conjunto de processos através dos quais o magma e seus gases associados ascendem através da crosta e são lançados na superfície terrestre e na atmosfera. Os materiais expelidos podem ser sólidos, líquidos ou gasosos, e são acumulados em um depósito sob o vulcão, até que a pressão faça com que ocorra a erupção. As lavas escorrem pelo edifício vulcânico, alterando e criando novas formas na paisagem. A maioria dos vulcões da Terra está concentrada no Círculo de Fogo do Pacífico, desde a Cordilheira dos Andes até as Filipinas.

Abalos sísmicos ou terremotos

Um terremoto ou sismo é um movimento súbito ou tremor na Terra causado pela liberação abrupta de esforços acumulados gradativamente. Esse movimento propaga-se pelas rochas através de ondas sísmicas (que podem ser detectadas e medidas pelos sismógrafos). O ponto do interior da Terra onde se inicia o terremoto é o hipocentro ou foco. O epicentro é o ponto da superfície terrestre onde ele se manifesta. A intensidade dos terremotos é dada pela Escala Richter, que mede a quantidade de energia liberada em cada terremoto.

Intemperismo

O intemperismo, também conhecido como meteorização, é o conjunto de processos mecânicos, químicos e biológicos que ocasionam a desintegração e a decomposição das rochas. A rocha decomposta transforma-se em um material chamado manto ou regolito. No caso da desintegração mecânica (ou física), as rochas podem partir-se sem que sua composição seja alterada. Nos desertos, as variações de temperatura acabam partindo as rochas, assim como nas zonas frias, onde a água se infiltra nas rachaduras das rochas.

Relevo Brasileiro


O Relevo Brasileiro


Classificações

O relevo do Brasil tem formação antiga e atualmente existem várias classificações para o mesmo. Entre elas, destacam-se as dos seguintes professores:

  • Aroldo de Azevedo - esta classificação data de 1940, sendo a mais tradicional. Ela considera principalmente o nível altimétrico para determinar o que é um planalto ou uma planície.
     
  • Aziz Nacib Ab'Saber - criada em 1958, esta classificação despreza o nível altimétrico, priorizando os processos geomorfológicos, ou seja, a erosão e a sedimentação. Assim, o professor considera planalto como uma superfície na qual predomina o processo de desgaste, enquanto planície é considerada uma área de sedimentação.
     
  • Jurandyr Ross - é a classificação mais recente, criada em 1995. Baseia-se no projeto Radambrasil, um levantamento feito entre 1970 e 1985, onde foram tiradas fotos aéreas da superfície do território brasileiro, por meio de um sofisticado radar. Jurandyr também utiliza os processos geomorfológicos para elaborar sua classificação, destacando três formas principais de relevo:
      1) Planaltos
      2) Planícies
      3) Depressões
    Segundo essa classificação, planalto é uma superfície irregular, com altitude acima de 300 metros e produto de erosão. Planície é uma área plana, formada pelo acúmulo recente de sedimentos. Por fim, depressão é uma superfície entre 100 e 500 metros de altitude, com inclinação suave, mais plana que o planalto e formada por processo de erosão. A figura a seguir mostra essa representação do relevo brasileiro.